A GUERRA PELA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Pelo Gen Bda (Ref) César Augusto Nicodemus de Souza (Exército Brasileiro)
A propósito do segundo centenário da independência do Brasil, que este ano vamos comemorar, o general César Souza, meu prezado amigo e companheiro dos Congressos Internacionais de História Militar, brinda-nos com um excelente texto-resumo sobre as principais acções militares que opuseram os revoltosos, liderados por D. Pedro, aos colonos e forças militares portuguesas que entendiam dever evitar a separação. Tratou-se de um conflito que nós, portugueses, gostamos de imaginar com grande indulgência, mas cuja realidade militar foi algo menos do que uma separação amistosa.
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24 de Agosto de 1820
REVOLTA MILITAR NO PORTO
Quando, em 1807, a família real se retira para o Brasil, a colónia adiciona à importância económica a que resulta do novo estatuto de “cabeça” do Império. A breve trecho, a presença da corte no Brasil transfere para a colónia sul-americana os principais atributos das verdadeiras metrópoles. Em Portugal, começa a instalar-se a ideia de que o reino se está transformando numa desinteressante colónia brasileira, situação que era agravada pelo domínio militar britânico.
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CERCO DO PORTO – A EXPEDIÇÃO AO ALGARVE
Durante os últimos meses de 1832, D. Pedro mandou efectuar em França várias diligências no sentido de ser contratado para chefe do exército liberal um general experiente e prestigiado, que fizesse sair as suas tropas da situação de imobilismo a que o inimigo as confinara. Os diplomatas portugueses chegaram, por fim, a acordo com o general Barão Jean Baptiste Solignac, o qual desembarcaria, em S. João da Foz, no dia 1 de Janeiro de 1833.
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O COMBATE DAS ANTAS
Cerco do Porto – 24 de Março de 1833
Em Março de 1833, o exército liberal vai atacar fora do perímetro das Linhas do Porto para ocupar as "alturas das Antas", terreno elevado que tinha domínio de vistas e fogos sobre o sector nordeste das posições das tropas de D. Pedro, e que corresponde, no Porto actual, à zona da Praça Francisco Sá Carneiro e Monte Aventino.
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A COOPERAÇÃO ANGLO-LUSA NA GUERRA PENINSULAR E SUA INFLUÊNCIA NAS UNIDADES DE CAÇADORES
A estreita ligação da força expedicionária britânica com o novo exército português constituído a partir de 1808 pode ter ficado a dever-se, em grande parte, às características apresentadas pelos soldados portugueses, quando confrontadas com as necessidades da própria campanha. De facto, na sua maioria originários de regiões montanhosas e de marcada ruralidade, os novos recrutas traziam para as fileiras muitas das melhores características da Infantaria Ligeira.
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Cerco do Porto
A grande ofensiva miguelista de 29 de Setembro de 1832 e a Rua do Heroísmo
Infantaria 18
e a revolta de 31 de Janeiro de 1891
Na sequência do ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1890, o Partido Republicano procurou polarizar em si o descontentamento popular, orientando-o contra as instituições da monarquia que acusavam de não ter sabido defender os interesses nacionais em África. O jornal A República Portuguesa fez-se eco desse sentimento de revolta, publicando cartas e manifestos vindos de diversos pontos do país. Foi imediatamente visível que muitos dessas manifestações de orgulho ferido provinham de militares da guarnição do Porto, na sua maioria pertencentes à classe de sargentos.
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PONTE DE AMARANTE – 1809
UMA OPERAÇÃO MUITO ESPECIAL
CERCO DO PORTO – O TERRENO
Por alturas do cerco, a zona urbana da cidade do Porto era bem mais reduzida do que nos dias de hoje. Partindo da margem direita do Douro, de poente para nascente, poderíamos definir os limites da cidade seguindo o percurso seguinte: Calçada das Virtudes – Hospital de Santo António – Maternidade Júlio Dinis – Rua Aníbal Cunha – Ramada Alta – Lapa – Rua da Escola Normal – Bonfim – Prado do Repouso. Algumas das freguesias rurais – como Campanhã e Paranhos – estavam já ligadas ao Porto-cidade por estradas bordejadas por muitas habitações.
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