A GUERRA QUE FORJOU O SÉCULO XX

Ao completar-se um século sobre o final da 1.ª Guerra Mundial, é oportuno meditarmos um pouco sobre a reformulação do mundo que se lhe seguiu. É nesse contexto que pretendo socorrer-me da visão que o general de Gaulle teve desse período da história, quando considerou que as duas guerras, de 1914 a 1945, seriam apenas uma, a Guerra dos Trinta Anos do nosso século. Usando um raciocínio análogo, também agora lhe poderemos acrescentar a Guerra Fria, que foi a sua consequência, para vermos, nesta tríade de conflitos, o veículo estruturante do século XX, designadamente no período que vai de 1914 a 1989.

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CHURCHILL TERÁ MUDADO DE OPINIÃO SOBRE A CONVENIÊNCIA DA ENTRADA DOS ESTADOS UNIDOS NA 1.ª GUERRA MUNDIAL?

Em Agosto de 1936, William Griffin, editor do jornal New York Enquirer, pediu uma entrevista a Winston Churchill. Quando, dias depois, o texto da mesma foi publicado em Nova Iorque, uma passagem da entrevista parecia demonstrar que Churchill, entusiasta da intervenção americana quando a mesma se concretizou, achava, agora, que teria sido melhor que os EUA se não tivessem intrometido nos problemas europeus. Três anos depois, consideraria que a polémica passagem era uma completa falsidade.

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ROOSEVELT, CHURCHILL E O FIM DOS IMPÉRIOS COLONIAIS

Em 9 de Agosto de 1941, o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, e o primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, encontraram-se secretamente em Placenta Bay, na Terra Nova. Entre 9 e 12 desse mês, os dois líderes tiveram uma série de conversações, durante as quais discutiram novas fórmulas de auxílio da parte dos EUA à Grã-Bretanha. Todavia, no espírito do presidente americano, o auxílio que estava na disposição de disponibilizar implicava algumas transformações políticas, à escala mundial, sem as quais considerava que não faria sentido aumentar o apoio à Grã-Bretanha.

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O APOIO DA ITÁLIA À REBELIÃO

DO GENERAL FRANCO

Ciro Paoletti

            O “pronunciamento militar” organizado pelos generais, em 17 de Julho de 1936, tinha sido um sucesso nos territórios ultramarinos, mas só parcialmente nos metropolitanos, onde grande parte do Exército, a quase totalidade da Marinha e toda a Aeronáutica se haviam mantido fiéis ao legítimo governo da República.  Significava isto que, se não se encontrasse um modo de transportar para o continente europeu as tropas sublevadas, as zonas de Espanha caídas nas mãos dos rebeldes seriam, a breve trecho, retomadas pelos de Madrid.

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MAQUIAVEL, GARIBALDI E A RELIGIÃO

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CITAÇÕES

Vivi, até agora, dez anos do novo século; visitei a Índia, parte da América e comecei a pensar na Europa com uma nova e melhor informada sensação de prazer. Nunca amei tanto o nosso velho mundo como nesses últimos anos que antecederam a 1.ª Guerra Mundial; nunca desejei tanto uma Europa unida; nunca acreditei tanto no seu futuro como nessa época, quando pensámos que tínhamos no horizonte uma nova alvorada. Mas o seu colorido avermelhado era, na realidade, o clarão das chamas da conflagração mundial que se avizinhava.

STEFAN ZWEIG, O mundo de ontem.

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