TUCÍDIDES EM PORTUGAL
Raul Miguel Rosado Fernandes
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TRÉPLICA DE NÍCIAS A ALCIBÍADES SOBRE A EXPEDIÇÃO À SICÍLIA (415 a.C.)
Tucídides
Depois de o ouvirem a ele [Alcibíades], aos Egesteus e a alguns exilados leontinos que pediram a palavra para lembrar os juramentos feitos e implorar auxílio, os Atenienses ficaram ainda mais determinados do que antes a apoiar a expedição. Nícias, percebendo que seria, agora, inútil, tentar detê-los pela velha linha de argumentação, mas pensando que podia, talvez, alterar a sua resolução pela extravagância das suas estimativas, pediu de novo a palavra.
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ALCIBÍADES E A EXPEDIÇÃO À SICÍLIA (415 a.C.)
Tucídides
A maior parte dos Atenienses que pediram para usar da palavra falaram a favor da expedição, mostrando-se contrários à anulação da votação anterior. Alguns, porém, manifestaram opinião oposta. No entanto, o mais inflamado apoiante da expedição foi, de longe, Alcibíades, filho de Clínias, o qual pretendeu contrariar Nícias, não só na qualidade de seu opositor político mas também por causa do ataque que ele lhe dirigira enquanto discursava.
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NÍCIAS E A EXPEDIÇÃO À SICÍLIA (415 a.C.)
Tucídides
Nícias – que havia sido escolhido para o comando da expedição contra sua vontade e que pensava que o estado fora mal aconselhado, porque, com a ajuda de um fraco e ilusório pretexto, se estava a almejar a conquista de toda a Sicília, um objectivo extremamente exigente – pediu a palavra, na esperança de poder dissuadir os Atenienses dessa empresa.
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A PESTE DE ATENAS (430 a.C.)
Tucídides
Nos primeiros dias do Verão seguinte, os Espartanos e os seus aliados, com dois terços das suas forças, como da vez anterior, invadiram a Ática, sob o comando de Arquidamo, filho de Zêuxis, rei de Esparta, e começaram a pilhagem e a devastação do território. Poucos dias depois da sua chegada à Ática, a peste começou a manifestar-se no meio dos Atenienses. Diz-se que previamente havia aparecido em muitos lugares, na vizinhança de Lemnos e noutros sítios. Mas não havia memória de uma epidemia desta magnitude e com tão elevado grau de mortalidade.
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DISCURSO DE CLÉON
Sobre a revolta de Mitilene (ilha de Lesbos)
Tucídides
Em 428 a.C., a ilha de Lesbos, que fora durante meio século um dos mais fiéis aliados de Atenas, fez defecção da Liga de Delos. Tal defecção podia alastrar a outras cidades e minar o domínio ático na Ásia Menor. Lesbos, pela sua estratégica posição na região dos estreitos do norte do mar Egeu, foi admitida na Liga do Peloponeso, embora os peloponésios não lhe emprestassem uma eficaz ajuda. Os atenienses enviaram à ilha o estratego Páccies no comando de 1 000 hoplitas, com 250 trirremes, do que resultaria a submissão da cidade e a captura de muitos prisioneiros. Cléon, adversário político de Péricles, tornara-se, após a sua morte, em 429 a.C., na principal figura de Atenas.
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ELOGIO FÚNEBRE
de Péricles
(Extracto de "História da Guerra do Peloponeso", de Tucídides - Edições Sílabo, Lda)
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REVOLUÇÃO
Por Tucídides
Foi tremendamente sangrenta a marcha da revolução, e, por ser uma das primeiras a ocorrer, a impressão causada foi enorme. Mais tarde, pode dizer-se, todo o mundo helénico se achou em convulsão. Todas as lutas eram desencadeadas, pelos chefes populares, com a finalidade de chamar os Atenienses, e, pelos dos aristocratas, para facilitar a entrada dos Espartanos.
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PÉRICLES E A PERSPECTIVA DE GUERRA COM ESPARTA
Tucídides
Nesta passagem da História da Guerra do Peloponeso, Péricles desenvolve o que poderíamos designar por um "Estudo de Situação Estratégico", abrangendo todas as implicações de um possível conflito com os Peloponésios liderados por Esparta.
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AS MURALHAS DE ATENAS – O “ESCUDO ANTIMÍSSIL” DA ANTIGUIDADE
Tucídides
Tucídides, na sua História da Guerra do Peloponeso, conta-nos as condições em que os Atenienses decidiram, em 479 aC, reconstruir as muralhas de Atenas destruídas durante a guerra com os Medas. Sendo uma medida defensiva, foi entendida por Esparta e outros Estados helénicos como uma vantagem demasiado elevada - algo de comparável a um "escudo antimíssil" do nosso tempo. Os sublinhados são da nossa responsabilidade.
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O estado da Grécia, desde os mais remotos tempos até ao início da Guerra do Peloponeso
Tucídides
Tucídides, um Ateniense, escreveu a história da guerra, entre os Peloponésios e os Atenienses, iniciando o seu trabalho logo que se começaram a guerrear, convicto de que seria uma guerra memorável, mais merecedora de relato do que todas as outras anteriormente travadas.
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DIÁLOGO MELIANO
O Diálogo Meliano é uma passagem da História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides, respeitante ao 16.º ano da guerra (416 a.C.) e constitui um dos episódios da obra mais conhecidos e estudados, sobretudo nos cursos de Ciência Política. Configura um dos exemplos mais crus do confronto entre o Liberalismo e o Realismo, no âmbito das Relações Internacionais. A peça ficou conhecida porDiálogo, dado que Tucídides lhe deu essa forma teatral, o que só valoriza o texto.
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